Somos um conglomerado de minorias totalmente distintas que se juntam num encaixe perfeito em sua forma e em sua força.
Somos pessoas negras, e em nosso corpo ecoa o encantamento do jango que estremecia o chão batido das senzalas.
Somos orientais descendentes das onna-musha e delas herdamos nossas habilidades como guerreiras.
Somos indígenas e nosso grafismo é o berço da arte mundial.
Somos pessoas periféricas com nosso hip hop a invadir as salas de concertos.
Somos imigrantes do mundo.
Nossas orações percorrem diversos caminhos para chegarem ao mesmo céu.
Somos pessoas que exercem o direito de escolha do gênero que desejamos ter.
Somos cis e não cis.
Dizemos não ao binarismo e sim à liberdade dos corpos.
Mudamos para que nossos corpos ou vestimentas reflitam a nossa alma.
Somos trans e somos travestis.
Sofremos violência diária, muitas vezes por simplesmente querermos ser quem somos.
Sofremos incompreensões, racismo, misoginia, preconceito e exclusão.
Nossas lágrimas são colhidas em pequenos potes de cerâmica, cristalizadas em pedras preciosas pelos Deuses e Deusas de todas as crenças.
Somos uma força que brota da união.
Somos vozes que precisam ser ouvidas.
Nossos corpos são pura arte, assim como nossos corações.
Somos pessoas com escolhas, origens, raças, credos e gêneros distintos e nos unimos pela força que interliga as nossas almas de artistas.
FEMINU é o feminino universal que nasceu para abraçar essa multiplicidade de seres de livre pensar e agir.